Diretores do Sinpro Minas estiveram nesta quinta-feira (25/2) na Câmara Municipal de Uberaba, onde conversaram com vereadores sobre a inclusão dos professores no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19.
Eles expuseram a situação de risco que os docentes têm vivenciado com o retorno às aulas presenciais e denunciaram irregularidades praticadas pelas instituições de ensino em relação ao cumprimento de protocolos sanitários.
Os diretores também denunciaram a falta de fiscalização nas escolas por parte da Vigilância Sanitária. Na cidade, as aulas presenciais foram retomadas no início deste mês, após decreto da prefeitura, mas nem todas as instituições de ensino decidiram reabrir.
“Estamos pedindo para que o legislativo possa sensibilizar a prefeitura sobre essas duas demandas: primeiro, suspender as aulas presenciais. Depois, priorizar a vacina para os profissionais da educação. Estamos num momento bastante crítico da pandemia no Brasil e em nossa região. Sabemos da importância das aulas presenciais e todos queremos voltar, alunos e professores, mas num momento seguro e de forma segura. Estamos sobrecarregados com este modelo on-line, mas definitivamente esta não é a hora adequada para a reabertura das escolas. O que precisamos agora é de isolamento e vacina”, defendeu o diretor do Sinpro Minas Marcos Gennari.
Na segunda-feira (22/2), o sindicato protocolou uma solicitação na Vigilância Sanitária para investigar o caso de irregularidades em uma escola particular de Uberaba.
A visita dos diretores à Câmara ocorreu após denúncias feitas ao sindicato por pais de alunos e professores acerca de situações de precariedade dos protocolos sanitários e de contágio em escolas da cidade.
“É muito grave, eles acham que deixar o álcool gel exposto é suficiente, esquecem que as salas estão cheias. Na minha escola não teve ensino híbrido, todos que quiseram puderam voltar, e eles não têm esse controle”, disse uma professora, em uma das denúncias encaminhadas. “Uma professora estava com sintomas e ficou afastada apenas um dia. A gente nunca fica sabendo de nada. O que a gente fica sabendo é quando algum pai se revolta e acaba contando para os professores. Mas a escola não conta nada. A coordenadora testou positivo, e é ela quem recebeu todas as crianças na porta da escola. Acaba que o dinheiro fala mais alto para muitas pessoas”, denunciou a docente.
Em resposta às demandas apresentadas pelo Sinpro Minas, vereadores da Comissão da Educação enviaram um ofício à secretária municipal de Educação, Sidneia Zafalon, em que pedem esclarecimentos acerca da situação na cidade. “Esperamos que haja sensibilidade por parte das autoridades públicas. O quadro atual é extremamente grave, e vidas não podem ser recuperadas”, destacou o diretor do Sinpro Minas.
Situação epidemiológica
De acordo com o boletim epidemiológico desta quarta-feira (24/2), Uberaba registra ao todo 344 mortes e mais de 15 mil casos da doença. Na terça-feira, a cidade bateu o triste recorde com nove mortes em um único boletim, e a ocupação de leitos de UTI para Covid-19 na rede privada está em 94%. Hoje, o Brasil bateu o recorde de mortes diárias pela doença : 1.582; e a situação está crítica em pelo menos 12 estados.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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