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Sinpro Minas participa de oficina de TV na Telesur

18 de dezembro de 2014

Por: Saulo Martins – Jornalista do Sinpro Minas

O programa Extra-Classe, produzido pelo Sinpro Minas, foi convidado para participar de uma oficina de televisão na TeleSUR, em Caracas, na Venezuela.  Representantes do Brasil, Venezuela, Guatemala, Nicarágua, Honduras, Colômbia, Equador, Chile, Argentina, Uruguai, Bolívia, Cuba e Peru tiveram a chance de compartilhar experiências, produções de texto, áudio, vídeo e web.

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O treinamento foi articulado entre a ALBA Movimentos (Aliança Bolivariana para as Américas) e a TV. O objetivo principal foi aproximar as iniciativas comunicacionais realizadas nesses países e formar colaboradores internacionais para a TeleSUR.

Estiveram presentes, jornalistas, militantes de movimentos sociais e de partidos políticos que, de alguma forma, retratam através da comunicação alternativa as lutas dos indígenas, negros, campesinos, professores, entre outros segmentos sociais.

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Foram promovidas palestras, debates, visitas técnicas, conversas sobre política, comunicação e tecnologias da informação. Ao final, divididos em grupos de trabalho, os comunicadores produziram vídeos informativos sobre a TeleSUR.

Com estrutura e tecnologia semelhantes à CNN, Globo e outras grandes empresas mundiais de comunicação, a TeleSUR é um canal de notícias que tenta dar uma visão contra-hegemônica dos fatos, a partir de um ponto de vista que valoriza as temáticas que não ganham notoriedade nas mídias tradicionais.

Com coberturas marcantes na Venezuela, Síria, Colômbia, México e em outras áreas de conflito, nos seus noticiários, os jornalistas levam para a tela histórias das pessoas que vivenciam a realidade desses contextos, com foco mais humanitário, mas sem perder a veia política.

Agora, a TeleSUR está com um projeto em construção de uma programação em inglês, para atingir o público norte-americano. Além disso, em cada país do hemisfério Sul a ideia é ampliar a emissão do sinal a cabo e as parcerias com televisões comunitárias, como no caso do Brasil, que tem apenas 4% de cobertura dessa tv multiestatal, concebida pelos governos venezuelano, cubano, argentino e uruguaio.

Mas, quais são os frutos desse encontro? Desde já, existe uma rede integrada de comunicadores, com a participação de cada um dos países participantes, contando com a articulação da Alba Movimentos.

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No portal da entidade, serão compartilhadas informações concernentes às lutas sociais locais e continentais. Na página do facebook, serão disponibilizadas outras notícias, fotos, comentários e compartilhamentos de fatos que estejam ligados à integração da América. No YouTube será criado um canal para a postagem de vídeos, para que todos da rede tenham acesso e disseminem as demandas dos segmentos envolvidos.

Em relação à TeleSUR, foi aberta uma via de diálogo e será elaborado um noticiário com foco nos movimentos sociais da América Latina e Caribe. Será possível sugerir pautas e fazer coberturas conjuntas com o canal. Contudo, outras articulações ainda estão por vir e é preciso que os movimentos e entidades se profissionalizem ainda mais, com a formação de profissionais nas áreas técnica e política para enfrentar a imprensa conservadora e golpista que atua no continente e no mundo.

Impressões sociais e políticas
Uma cidade agitada, colorida, cercada por montanhas e com um povo muito politizado e consciente dos avanços e desafios sociais da Venezuela e da América Latina. Assim é Caracas, a capital latina que mostrou Hugo Chaves e o bolivarianismo para o mundo.

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Em oito dias de trabalho, tive a oportunidade de conviver com os cidadãos venezuelanos e dos outros países latino-americanos, o que possibilitou uma experiência de intensa produção de conhecimento técnico e cultural. Foi possível saber um pouco mais de cada país, seus acontecimentos políticos, iniciativas de comunicação e a atuação dos movimentos sociais.

Pelas ruas de Caracas, muitos mitos foram desconstruídos, como a violência e o desabastecimento, nada que ultrapasse a normalidade antagônica de uma grande metrópole foi constatado.

O que fica marcado nessa breve imersão é a existência de uma imensa vontade de integração entre os povos das Américas. Negros, índios, brancos, amarelos, tradicionais e metropolitanos. O idioma é um ponto de diferença, se destacarmos o Brasil frente aos demais, mas a latinidade está presente em todos de maneira essencial. Dessa forma, não existe palavra que não possa ser compreendida quando o sentimento de união supera as desigualdades.

Acesse o portal da Telesur e saiba mais.

Assista a uma reportagem feita pela TVT sobre a oficina:

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