O Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH) é uma instituição de 45 anos de serviços prestados na área de ensino, pesquisa e extensão em Belo Horizonte e que sempre foi referência como modelo pedagógico e de qualidade de educação superior na cidade. Entretanto, por uma série de sobressaltos administrativos e financeiros foi vendido, conforme noticiado, por não ter como pagar o passivo trabalhista de seus 800 professores e 700 funcionários, para o Grupo Anima, que também detém o controle administrativo do Centro Universitário UNA.
O que ainda não foi esclarecido e nem discutido com a comunidade acadêmica (professores, funcionários e alunos) são os reais motivos e consequências dessa negociação, sob a alegação de que, se não fosse feita no prazo de 48 horas, o negócio seria desfeito. O Sindicato dos Professores da rede privada (Sinpro Minas) e a Associação de Docentes (Ad-Uni) só vieram a saber da nebulosa negociação uma hora antes do início de uma assembleia convocada para debater o problema dos atrasos de salários. Ambas as entidades repudiam a forma como foi utilizado o argumento de uma possibilidade de greve para justificar uma negociação apressada e sem transparência entre a Fundac (mantenedora) e o grupo privado paulista.
Salienta, ainda, que o problema do Uni-BH não tem relação com a crise financeira internacional, pois nos últimos anos a instituição ampliou o número de cursos e alunos. Portanto, não se justifica a venda de um patrimônio avaliado em 450 milhões de reais em função de uma dívida trabalhista. Com os salários de professores e funcionários em atraso por três meses, é lastimável que a instituição cujo lema é a “Marca da Educação” utilize os direitos trabalhistas como álibi para articular a mercantilização do ensino.
O que está em jogo não é só o passivo trabalhista, ou a ameaça de greve dos professores e funcionários, mas a qualidade do ensino e um projeto pedagógico centrado na pesquisa e no desenvolvimento social de Minas e do país. O processo em andamento no Uni-BH coloca em xeque a universidade que queremos para o ensino superior e o que os professores, alunos e toda a sociedade merecem. Educação não é mercadoria!
Sinpro Minas
Assembléia dos Professores do Uni-BH
Dia: 11/02/2009 (quarta-feira)Horário: 18h30Local: Auditório Ney Soares (Rua Diamantina, 463, bairro Lagoinha – BH)Pauta: Deliberação sobre irregularidades trabalhistas e atrasos salariais
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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