O Sinpro Minas promoveu, nessa sexta-feira (12/4), em Belo Horizonte, um debate sobre o uso da inteligência artificial e as oportunidades e desafios para a comunidade escolar. O professor Sérgio Amadeu, da Universidade Federal do ABC, e a professora, psicóloga e mestre em Educação Giovana Ottoni foram os convidados para discutir o assunto.
“Fizemos esse debate no sindicato porque sabemos como a tecnologia tem impactado significativamente o cotidiano docente, principalmente a partir da pandemia. Daí a necessidade de aprofundarmos as discussões sobre como esses novos processos tecnológicos podem alterar a dinâmica do nosso trabalho, quais os riscos e benefícios e como podemos usá-los a nosso favor. Essa discussão será cada vez mais frequente, e a nossa ideia é fazer do sindicato um espaço de debate sobre os mais variados assuntos de interesse da categoria. Por isso cada vez mais faremos palestras e eventos como esse”, afirmou Valéria Morato, que mediou o debate entre os educadores.
Em sua exposição, o professor Sérgio Amadeu destacou que a inteligência artificial (IA) pode ser compreendida como máquinas que processam milhões de dados a partir de padrões estabelecidos pelos seres humanos. “A IA realmente existente são modelos estatísticos e probabilísticos executados por computadores com alta capacidade de processamento”, afirmou.
Segundo ele, os dados são o principal insumo da IA, e há um risco de uma interpretação equivocada da realidade. “Dados não são naturais. São criações, portam vieses, discriminações e classificações preconceituosas. Algoritmos podem trazer modos de aprendizado equivocados. Parâmetros podem conter valores que consolidam injustiças sociais e erros de avaliação expressos numericamente”, ponderou o especialista, ao alertar para o risco de a IA expandir a ignorância na sociedade e empobrecer a diversidade. No entanto, ele destacou que a inteligência artificial não tem a capacidade de substituir a prática de leitura, como forma de compreender a realidade.
Para a psicóloga Giovana Ottoni, o desafio é reconhecer o que não pode ser substituído por máquinas ou sistemas. “São justamente essas características que nos tornam humanos, as relações entre as pessoas, e isso é insubstituível no processo educacional. Temos a necessidade de entender esse novo cenário, mas eu realmente acredito que a educação é insubstituível, a educação das pessoas. Será que é possível automatizar a minha presença em sala de aula? Cada vez mais compreendo que não. Compartilhar experiências e emoções gera aprendizado e mudança, e isso não pode ser substituído”, afirmou a professora. Em breve, o Sinpro Minas vai disponibilizar em suas redes sociais trechos do debate.
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O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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