Com indignação, o Sinpro Minas declara seu repúdio aos atos de racismo e intolerância religiosa dos quais foi vítima o professor Jonas Gonsalgo durante concurso público da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, no último domingo (10).
Minutos antes do início da prova, o professor, que é filiado ao Sinpro, foi humilhado publicamente. A aplicadora afirmou, sem nenhuma prova ou indício, que ele escondia algo em seu cabelo e o fez passar diversas vezes pelo detector de metais. Em seguida, ao ver a guia que o professor carregava, ironizou: “Macumba? Tô fora”.
O desrespeito continuou quando Jonas decidiu denunciar o ocorrido: foi desencorajado pela coordenação da FGV (Fundação Getúlio Vargas), instituição responsável pela aplicação da prova; a polícia não compareceu ao local, mesmo com o chamado do professor; e o boletim de ocorrência demorou cerca de 11 horas para ser registrado, mesmo na delegacia especializada no atendimento a vítimas de intolerância. O caso, por fim, foi qualificado como injúria racial.
A situação sofrida pelo professor Jonas não é isolada. Os casos de racismo no Brasil tiveram um aumento de 68% em 2022, e apesar dos 34 anos da Lei do Racismo, a impunidade ainda é grande no país.
Sabemos que o racismo está na raiz de nossa sociedade. Casos como esse mostram que, apesar dos avanços na legislação, reproduzimos estruturalmente a violência da colonização branca através da negação social, do menosprezo e da ridicularização à cultura negra, inclusive em seus aspectos religiosos.
Por isso, junto ao professor Jonas, o Sinpro Minas exige retratação tanto da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, quanto da Fundação Getúlio Vargas, além da devida responsabilização e punição dos envolvidos, de acordo com a legislação.
A luta contra o racismo e a intolerância deve ser de toda a sociedade! Racistas não passarão!
Belo Horizonte, 15 de dezembro de 2023.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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