O Sinpro Minas manifesta o seu repúdio às demissões de duas professoras ocorridas no Colégio Marista Dom Silvério, nessa quarta-feira (30/3), em decorrência da adesão ao movimento grevista. A decisão afronta de forma inequívoca o direito constitucional de organização e greve dos trabalhadores e corrobora a prática de repressão e assédio moral. Reforça, ainda, o clima de medo e tensão no interior da instituição de ensino, nada favorável para a manutenção de um ambiente escolar saudável. Com essa decisão ilegal, a escola explicita seu modus operandi: negar o diálogo e tentar abafar o contraditório, justamente num espaço em que o debate aberto e franco, bem como outros princípios basilares da democracia, deveriam ser premissas constantes.  Trata-se de prática inconcebível e extremamente incoerente para uma instituição de ensino que afirma ter, em seus princípios, a “atuação segundo a ética e a justiça”, e formar “cristãos e cidadãos comprometidos na construção de uma sociedade sustentável, justa e solidária”. As demissões revelam que a escola mudou seus princípios ou não os segue mais.   Em meio a este gesto arbitrário, deixa-nos satisfeitos saber que a aula de cidadania, tão bem ministrada pelos docentes durante a greve, foi bem apreendida pelos estudantes da escola que, democraticamente, manifestaram-se contrários às demissões. Dessa forma, o Sinpro Minas reitera o seu repúdio à postura do Colégio Marista Dom Silvério, que deve ser condenada por pais, alunos e todos aqueles preocupados com a qualidade da educação e com o exercício da cidadania. O sindicato reafirma ainda o seu compromisso com os direitos dos professores e avisa que não vai medir esforços para preservá-los.