O Sindicato dos Professores de Minas Gerais manifesta seu repúdio às ações truculentas contra os professores paranaenses por parte do governo de Beto Richa (PSDB). 213 pessoas ficaram feridas durante um protesto em frente à Assembleia Legislativa do Paraná nesta quarta (29/04), enquanto acontecia a votação do projeto do governo estadual que altera as regras de custeio da ParanaPrevidência, o regime da Previdência Social dos servidores do estado.
A Tropa de Choque da Polícia Militar lançou bombas de gás lacrimogêneo, de efeito moral e jatos de água contra os manifestantes. Entre os feridos estavam inclusive idosos, crianças e deficientes. Segundo nota da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), “a proposta tucana para a educação está estampada na cara dos professores do Paraná”.
O Sinpro Minas reafirma seu repúdio à violência do governo e sua solidariedade aos professores do Paraná, que estão em luta por seus direitos, por valorização docente e por uma educação pública de qualidade.
Mesmo com um cenário de guerra fora da Assembleia Legislativa, o projeto de lei 252/2015, que promove perdas em direitos previdenciários do funcionalismo a pretexto de socorrer as finanças do estado, foi aprovado por 31 votos favoráveis, 20 contrários e duas abstenções .
“A proposta modifica a ParanáPrevidência e foi alvo de várias críticas, especialmente dos(as) servidores(as) estaduais. Entre outras coisas, o projeto abre as portas para que o governo do Estado retire, do Fundo Previdenciário, cerca de R$ 142 milhões por mês. Dinheiro suado das contribuições do funcionalismo estadual. Agora, o texto final será encaminhado para sanção do governador Beto Richa”, destaca nota de pesar da APP-Sindicato, que representa os professores do estado.
“A nossa luta continua. Não vão nos amedrontar.
A direção estadual da APP-Sindicato repudia toda a ação policial usada contra a nossa categoria – e os demais companheiros(as) servidores(as) do Estado – nesta trágica quarta-feira, 29 de abril, bem como nos dias que antecederam a votação do projeto de lei 252/2015. Neste dia, que entrará para a história como uma data a se lamentar, o governo do Paraná ultrapassou todos os limites. Da civilidade, da moralidade, da humanidade. O execrável exemplo de abuso de autoridade – protagonizado pelo governador Beto Richa e pelo secretário de Segurança Pública Fernando Francischini – é uma mancha deplorável na história do nosso Estado.
Centenas de policiais foram deslocados(as), de todas as regiões, para a capital, apenas com o intuito de garantir a votação, na Assembleia Legislativa do Paraná, de uma proposta que poderia ter encontrado consenso, mas que pela ganância e incompetência do governador, teve sua discussão atropelada. A polícia, em uma obediência cega e cruel, atirou milhares de balas de borrachas, bombas de gás e jatos de água em pessoas que protestavam contra um projeto que coloca em risco suas aposentadorias. O futuro suado de cada um de nós, servidor e servidora do Paraná.
E assim, neste dia, apesar da resistência pacífica e heróica dos(as) servidores(as) estaduais, a tramitação do projeto do governo continuou. Ao custo de sangue e lágrimas de centenas de trabalhadores(as). E isto, sim, é de lamentar e repudiar. Além de não podermos entrar e nos manifestar na Casa do Povo, fomos expulsos violentamente das ruas. É um desrespeito ao Estado Democrático de Direito. É o retorno de uma ditadura insana, na qual a vaidade e o projeto personalista do senhor governador se sobrepõe ao de milhares de trabalhadores e trabalhadoras.
Mas a direção estadual da APP-Sindicato continuará fazendo o seu papel, de organização e liderança, para que a nossa categoria renasça, mais uma vez, dessa tragédia e permaneça na luta por uma educação pública de qualidade e por respeito aos(às) trabalhadores(as) do Paraná.”
Direção Estadual da APP-Sindicato
Entidade filiada ao
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