O Sinpro Minas repudia veementemente a invasão do território equatoriano, promovida pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, no último sábado (1), numa operação militar que resultou na morte de 16 membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc, além do dirigente Raúl Reyes.
O presidente colombiano ou qualquer chefe de executivo nacional não tem o direito de invadir terras vizinhas, provocando, dessa maneira, a instabilidade na região. A invasão territorial do Equador foi um ato extremamente grave, numa clara demonstração de violação da soberania nacional, e merece o repúdio de toda a comunidade internacional. A decisão de Álvaro Uribe, conforme observou o governo brasileiro, coloca todos os Estados da região em situação de insegurança, pois a ingerência se deu em sua mais extrema possibilidade.
Enquanto boa parte dos povos do mundo condena energicamente posturas belicistas e unilaterais como as do presidente dos EUA, George Bush, e envida esforços para tentar, por meio do diálogo, a solução de conflitos, o chefe do executivo nacional colombiano, numa atitude leviana, dá uma demonstração explícita e contundente de desrespeito à paz mundial.
Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que o governo colombiano viola territórios vizinhos. Em janeiro de 2005, agentes colombianos, sob ordens do presidente Álvaro Uribe, se envolveram em um seqüestro de outro dirigente das Farc que então vivia na Venezuela.
Há fortes evidências de que a CIA (Central de Inteligência dos EUA) esteja envolvida neste recente episódio, como em outros da mesma natureza. Conforme noticiou a imprensa brasileira e internacional, dois dias antes do bombardeio que vitimou membros das Farc, um alto comandante militar americano esteve em Bogotá, na Colômbia.
Em razão de tal postura e de suas implicações, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe – que, como é sabido por todos, segue expressamente orientações da direita e do governo dos EUA –, deve um pedido categórico de desculpas à comunidade internacional, ao presidente do Equador, Rafael Correa, e ao povo equatoriano, deixando claras suas intenções daqui para frente.
Dessa forma, o Sinpro Minas, entidade que se coloca a favor da paz mundial e da solução harmoniosa dos conflitos, reitera a sua rejeição à decisão do presidente Álvaro Uribe de violar o território equatoriano, e espera que o ato, condenado por todos (com exceção dos EUA), não aconteça novamente, para o bem da região.
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