Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego realizada pelo Dieese, a taxa de desemprego foi a mais baixa para o mês de junho desde 1996. Segundo o coordenador da PED-RMBH, Mario Sampaio Rodarte, a taxa de desemprego aberto se aproxima do patamar em que muitos analistas apontam para o pleno emprego, Veja a nota divulgada pelo Diesse.
Taxa de desemprego diminui
Em junho, a taxa de desemprego no conjunto de regiões que compõem o Sistema PED – Distrito Federal e regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo – reduziu-se para 12,7%, frente aos 13,2% registrados em maio. Os dados fazem parte de pesquisa realizada regularmente pelo convênio mantido entre DIEESE e Fundação Seade, com apoio do Ministério do Trabalho e Emprego e parceria com instituições e governos regionais. Em junho de 2009 a taxa de desemprego chegava a 14,6%.
Belo Horizonte, onde a taxa de desemprego ficou em 8,5%, em junho, apresentou o melhor resultado, com uma redução de 11,5%, em comparação com maio e de 22,7%, em relação a junho de 2009. Também em Porto Alegre, a taxa de desemprego teve um dígito (9,5%), mas apresentou pequena retração em relação ao mês anterior (-1,0%), ainda que tenha sido grande o recuo do desemprego em um ano (-20,8%).
A taxa de desemprego ficou estável, em maio, em 10,6%, em Fortaleza, mas caiu 14,5%, em comparação com junho de 2009. Na Grande São Paulo, a taxa de 12,9% representou um recuo de 3,0% em um mês e de 9,2%, em doze meses (a menor variação entre as regiões pesquisadas no período). O Distrito Federal apresentou taxa de desemprego de 14,0%, com queda de 2,1%, em um mês, e de 14,6%, em um ano. Em Salvador, a taxa de desemprego teve redução de 8,2%, em relação a maio e de 21,6%, frente a junho do ano passado, e correspondeu a 16,7%. A maior taxa foi registrada em Recife (17,6%), com recuo de 3,8% no mês e de 9,3%, em um ano.
O total de desempregados, no conjunto de regiões pesquisadas, ficou, em junho, em 2.795 mil pessoas, 109 mil a menos que em maio. Em relação a junho do ano passado, a redução foi de 380 mil.
O nível de ocupação cresceu 0,8%, em junho, com a criação de 160 mil ocupações. Com isso, o total de ocupados nas sete regiões pesquisadas foi estimado em 19.228 mil pessoas. Em um ano, foram criados 729 mil postos de trabalho nas áreas pesquisadas.
Quando se analisa a ocupação por região, verifica-se expansão em todas elas, com destaque para Salvador (2,9% no mês e 8,0% no ano). Em Fortaleza e Belo Horizonte o crescimento foi de 0,8% em comparação com maio. Em relação a 2009, houve aumento de 6,8%, na primeira e de 1,7%, na segunda. A elevação da ocupação, em São Paulo, foi de 0,7%, em um mês e de 3,4%, em 12. Distrito Federal e Porto Alegre apresentaram expansão de 0,4%, frente a maio. Em 12 meses a elevação foi de 5,5%, na primeira e de 2,5%, na segunda. Recife registrou variação positiva de 0,3% no nível de ocupação em um mês, e de 4,7%, no ano.
Dentre os diferentes setores de atividade, a Indústria apresentou pequena variação negativa de 0,2%, frente a maio, e o total de postos foi estimado em 2.970 mil. Em relação a junho de 2009, o incremento foi de 9,3%. Foi pouco expressivo, no mês, o avanço da Construção Civil (0,5%), setor onde trabalham 1.227 mil pessoas e que registra expansão de 10,7%, no ano.
O rendimento médio real dos ocupados cresceu 1,1%, em maio, passando a corresponder a R$ 1.259, enquanto o salário médio real teve aumento de 1,0% e seu valor ficou em R$ 1.322. Em 12 meses, o rendimento médio real dos ocupados cresceu 2,7% e o dos assalariados aumentou 0,7%.
Fonte: Dieese
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