O Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência foi marcado em Belo Horizonte, na última sexta-feira, 22, com uma manifestação que superou as expectativas dos organizadores, a exemplo do que ocorreu em quase todo o país. Milhares de pessoas ocuparam a Praça 7, bem no coração da cidade, após o trânsito ser fechado nas avenidas Afonso Pena e Amazonas para acolher os manifestantes e três carros de som.
Convocado unitariamente pelas centrais sindicais, o Dia de Luta reuniu trabalhadores e aposentados de inúmeras categorias, principalmente profissionais da área do ensino público e particular na primeira manifestação contra o projeto de reforma da Previdência apresentado pelo presidente Bolsonaro. Hoje, até mesmo os policiais militares estão contra a reforma, como foi destacado por um orador no ato.
Durante a manifestação, o coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), vereador Gilson Reis, destacou que o governo pretende destruir a seguridade social, ou seja, a saúde, a assistência e a previdência, com todas as conquistas garantidas a duras penas pela Constituição de 1988.
“A reforma acaba com a previdência pública e entrega tudo para a previdência privada dos bancos. Sendo assim, os trabalhadores da educação, por exemplo, trabalharão até os 60 anos. O ataque da reforma não é em torno dos privilégios, e, sim, contra, principalmente, os mais pobres. De R$ 1 trilhão que o governo fala em cortar, R$ 720 bilhões virão do mais pobres, daquelas pessoas que ganham salário mínimo. Por isso, é preciso que todo mundo tome conhecimento do conteúdo da reforma e parta para a luta contra ela”, destaca Gilson Reis.
Também presente à manifestação, a professora chilena Fabíola Catalán, radicada em Belo Horizonte há alguns anos, chamou atenção para o fato de que a reforma que se pretende implantar no Brasil é a mesma que levou os chilenos à desgraça. Não é à toa que aumentou significativamente o número de suicídios entre os idosos chilenos após a implantação do sistema previdenciário que se pretende aplicar no Brasil.
“Nós, chilenos, temos muita consciência de que essa proposta não serve. Essa capitalização foi adotada no Chile e vimos que ela não funciona. Quando mais se precisa dela, ela não atende, não dá segurança. O Estado serve aos interesses dos bancos. É mentira dizer que não tem dinheiro para a Previdência. Esse momento é crucial e os professores não podem se calar. É hora de lutar”, disse Fabíola.
Centrais sindicais preparam greve geral
Na grande manifestação em São Paulo, os presidentes das centrais sindicais reiteraram a decisão de dar continuidade à luta em defesa da Previdência Pública e das aposentadorias, ameaçadas pelo projeto encaminhado por Bolsonaro ao Congresso, cujo maior objetivo é a privatização do sistema previdenciário, uma ambição dos banqueiros.
“Vamos continuar mobilizando e vamos construir as condições para deflagração de uma greve geral”, declarou Adilson Araújo, presidente da CTB. “Estou convencido de que podemos e vamos sair vitoriosos desta grande batalha. Derrotamos o propósito de Michel Temer neste sentido e agora repetiremos a dose com a proposta do Bolsonaro e Paulo Guedes, que é ainda mais perniciosa para a classe trabalhadora”.
O Dia de Luta, convocado unitariamente pelas centrais sindicais e considerado exitoso, contou com paralisações de motoristas, professores e outras categorias. Em São Paulo, foi encerrado no início da noite com um ato político que reuniu mais de 60 mil pessoas na Avenida Paulista. Manifestações de protestos, incluindo paralisações, foram promovidas em todas as capitais do país e em cerca de 130 cidades.
Redação com informação da CTB
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