A CTB Minas e sindicatos filiados participam de atividades unificadas pelo Dia Internacional do Trabalhador. Em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (2/5), a CTB participa de um ato público na Praça Sete, junto com a CUT, NCST, UGT e Conlutas. A atividade encerra a Jornada de Lutas dos Movimentos Populares, Sindicais e Estudantis.
A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais é destaque entre as bandeiras que unificam os movimentos, além do fim do fator previdenciário e a implantação do salário mínimo regional. Também nesta segunda, a Praça Sete será ponto de coleta de assinaturas em favor do Projeto de Lei de Iniciativa Popular que estabelece o salário mínimo regional. A meta das Centrais Sindicais é coletar 10 mil assinaturas.
Mais de 1,5 milhão de trabalhadores participaram do 1º de Maio unificado das centrais, em São Paulo. Os sindicalistas reafirmaram as principais reivindicações da classe trabalhadora. Redução da jornada sem redução de salários; valorização do salário mínimo; fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias; Trabalho Decente; Igualdade entre homens e mulheres; valorização do serviço público e do servidor público; reforma agrária; educação e qualificação profissional e redução da taxa de juros, foram as bandeiras defendidas durante o ato.
Os sindicalistas reforçaram a importância da participação e mobilização da população para o país continuar avançando através da implantação de um projeto de desenvolvimento com a valorização do trabalho, emprego e distribuição de renda. Algo prioritário para a distribuição de riquezas deste país.
Abrindo as falas dos presidentes das centrais, Wagner Gomes, presidente da CTB, defendeu as bandeiras escolhidas para o 1º de Maio deste ano e sua importância para a melhora das condições de vida dos trabalhadores.
“Preparamos esse eventos para prestar uma grande homenagem ao trabalhador. Hoje é dia de comemorar, mas também é dia de reivindicar. De fazermos uma reflexão. Estamos aqui para fazer uma reflexão. A luta dos trabalhadores não é só pelas 40 horas semanais — mas também pela concretização de um novo projeto nacional de desenvolvimento, com soberania, fortalecimento da nação e valorização do trabalho. Esperamos o bolo crescer. Agora que ele cresceu está na hora de repartir. Não podemos ter um país rico e um povo pobre”, destacou Gomes.
Emprego e renda
Para o presidente da CTB, este será um ano decisivo para a classe trabalhadora, quando, mais uma vez, entram na pauta as discussões sobre a redução da jornada, o fim do fator previdenciário, a valorização do trabalho, a criação de novos empregos, entre outras. “A cada ano entram no 1,5 milhão de novos trabalhadores no mercado. Portanto precisamos de mais empregos. O país pede a criação de novos empregos. E uma das medidas capaz de promover esse aumento da oferta é a redução da jornada de trabalho”, refletiu o presidente da CTB.
Opinião compartilhada pelos demais presidentes das centrais. “Precisamos da redução da jornada para gerar mais empregos e implantar o trabalho decente, com o combate à precarização das condições de trabalho”, destacou José Calixto, presidente da Nova Central, que lembrou também dos problemas enfrentados pelos trabalhadores rurais, que esperam há anos pela Reforma Agrária.
“Hoje dia de protesto. Viemos aqui para dizermos que queremos mais e para mostrar que unidos somos fortes e que podemos conquistar mais emprego, salário. Aqui estão as centrais que lutam pelos trabalhadores. Por mais emprego, saúde, educação. Vamos combater essa política equivocada de juros altos que só prejudica e corrói o salário do trabalhador, privilegiando os grandes banqueiros”, destacou Antonio Neto, presidente da CGTB.
Ricardo Patah, presidente da UGT, elogiou a presidente Dilma, mas criticou a distribuição de renda.
Ausência
Após as falas dos presidentes das centrais, foi colocada em votação, pelo presidente da Força Paulo Pereira, o Paulinho, a Agenda da Classe Trabalhadores, documento unitário das centrais, aclamado durante a 2ª Conclat. Paulinho explicou aos trabalhadores a importância da unidade das centrais e cada item das bandeiras de lutas.
Ao final, justificando a ausência da presidenta Dilma Rousseff, o ministro Gilberto Carvalho, da secretaria-geral da Presidência da República, leu uma mensagem enviada pela presidenta aos trabalhadores. “Em meu governo continuamos a ampliar as oportunidades de trabalho e a reduzir ainda mais as taxas de desemprego”, declarou a 1ª mandatária.
O evento contou ainda com a participação do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, de parlamentares e representantes do governo do Estado.
José Ortiz, dirigente da Federação Sindical Mundial (FSM), em visita ao Brasil especialmente para a comemoração destacou a importância do ato que reflete a unidade das centrais. “Esse ato mostra a importância da unidade dos trabalhadores e mostra também que não existe outra solução para os trabalhadores avançar, que não seja a partir da luta de classes”, afirmou.
Após os discursos políticos o evento prosseguiu com apresentações musicais, que fizeram a alegria do público presente e ofereceram ao trabalhador e trabalhadora presente um momento de lazer e descontração. O show que começou por volta das 7h, se estendeu até o início da tarde.
Fonte: Portal CTB
Veja alguns momentos do 1º de Maio.
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