Trabalhadores e trabalhadoras de todo o país preparam-se para a Jornada Nacional Unificada de Lutas, que acontecerá na próxima sexta-feira (14), em defesa dos direitos sociais, pela redução da jornada de trabalho sem a redução salarial e contra as demissões em massa. As mobilizações, entretanto, já começaram em vários estados e devem prosseguir até o próximo dia 21 de agosto.Para Luiz Dalla Costa, da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o principal objetivo da jornada é a “união dos esforços dos trabalhadores do campo e da cidade para combater os efeitos da crise”. Segundo ele, muitos trabalhadores sofrem as consequências da crise econômica, como: demissões em massa, retirada de direitos previdenciários e diminuição dos salários. Dessa forma, ele explica que a Jornada da próxima sexta-feira, que acontecerá com a participação de trabalhadores e trabalhadoras de todo o país, servirá para “dizer que não queremos pagar por essa crise” e para “proteger aqueles que trabalham e produzem”.As mobilizações, entretanto, não se restringirão apenas às consequências da crise econômica e seus efeitos sobre a classe trabalhadora. Além disso, segundo Costa, também acontecerão, em vários estados brasileiros, atividades em torno da luta pela Reforma Agrária, da redução da taxa de energia elétrica, dos direitos dos trabalhadores e da luta das famílias atingidas por barragens. Cerca de três mil pessoas ligadas ao MST e à Via Campesina ficarão acampados até o próximo dia 21, em Brasília, para discutir sobre o assentamento das famílias acampadas, a ampliação dos recursos para a Reforma Agrária e a revisão dos índices de produtividade.“Unidade
é decisiva para a defesa dos direitos”Wagner Gomes, presidente nacional da CTB (Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), destacou que o Dia Nacional de Luta demonstrará a força e capacidade de
organização dos movimentos sindical e populares, que envolve
estudantes, mulheres, negros, jovens, idosos, sem-teto e trabalhadores
rurais, entre outros segmentos populares.
Portal CTB: Qual o objetivo do ato?
Wagner Gomes: O objetivo é que façamos em todas as capitais o Dia
Nacional de Luta. Entre as principais reivindicações constam a defesa
da ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT; a luta pela redução dos
juros, pelo fim do superávit primário, pela redução da jornada sem
redução de salários e direitos; reforma agrária e urbana; fim do fator
previdenciário; defesa da Petrobrás e das riquezas do pré-sal; mais
investimentos em saúde, educação e moradia. A reivindicação central é a
redução de jornada sem redução de salário, que foi aprovada por
unanimidade na Comissão Especial e aguarda votação em plenário.
P: E o papel dos trabalhadores nesse processo?
WG: O ato está sendo organizado pelas centrais sindicais e pelos
movimentos sociais. Para aprovarmos no Congresso a redução da jornada
vamos precisar de 3/5 dos votos, ou seja, 308 deputados a favor. Se não
tiver uma grande mobilização dos trabalhadores, das entidades e das
centrais sindicais dificilmente conseguiremos alcançar essa quantidade
de votos. Portanto, a idéia é conscientizar a sociedade para a
importância dessa batalha, principalmente em um momento de crise como
esse que passamos agora. Pelas contas do Dieese, a redução da jornada
vai gerar cerca de 2,5 milhões de empregos diretos no mercado formal.
Essa é o papel da classe trabalhadora: alertar a sociedade para a
importância da luta pela redução da jornada de trabalho.
P: Como estão as mobilizações nas capitais?
WG: Foram realizadas reuniões preparatórias em todos os Estados
onde ocorrerão os atos. O nacional será em São Paulo, onde pretendemos
levar milhares de pessoas às ruas. Mas, acontecerão atos em todas
capitais. E a expectativa é de que todos se empenhem ao máximo para o
sucesso da atividade. A CTB tem aproveitado a realização dos seus
encontros estaduais, que estão superando as expectativas, para
intensificar a convocação para que todos os trabalhadores participarem
ativamente dos atos públicos e passeatas que acontecerão nos estados.
Esses encontros estão demonstrando a vitalidade da ação sindical
classista, que busca construir a unidade na luta pelo emprego e em
defesa dos direitos e conquistas sociais. A CTB que desde seu congresso
de fundação prioriza a defensa dessa bandeira histórica tem que estar à
altura desse desafio. Tem que mobilizar ao máximo possível para que
consigamos fazer um ato vitorioso.
P: A Jornada Nacional de Lutas é uma iniciativa das centrais sindicais
e dos movimentos sociais. Qual a importância dessa unidade para o
movimento sindical?
WG: Há cerca de dois anos mantemos a unidade em torno dessas
bandeiras centrais, ao lado de estudantes, mulheres, negros, movimentos
de bairro, entre outros segmentos dos movimentos sociais. Essa unidade
é decisiva para a conscientização da população na defesa dos seus
direitos.Fonte: Agência Adital e Portal CTB
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