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Tribunal dos Estados Unidos processa Bayer por enganar os consumidores

15 de fevereiro de 2019

Na ação coletiva, consumidores de Missouri pedem indenização pelo discurso mentiroso da Monsanto incorporado pela multinacional alemã: que o glifosato é inofensivo para humanos e animais de estimação

Por Rede Brasil Atual

Ao efetivar a compra da Monsanto em 2018, a alemã Bayer  incorporou mais do que os ativos e portfólio da empresa de origem estadunidense. Herdou os processos judiciais, que em sua maioria reivindicam indenização pelos malefícios à saúde causados pelo glifosato. O agrotóxico criado pela Monsanto passou a ser o mais vendido em todo o mundo depois que a patente expirou e outros laboratórios passaram a produzi-lo.

Nesta quarta-feira, foi protocolada na Justiça do Michigan, nos Estados Unidos, uma ação coletiva sustentando que o herbicida ataca a flora intestinal e destrói bactérias benéficas que ajudam o organismo a prevenir doenças. O déficit desses micro-organismos no intestino enfraquece as defesas contra infecções e muitas doenças.

E que a Bayer continua contando a mesma mentira contada pela Monsanto: a de que o glifosato tem como alvo enzimas que não estão presentes no organismo humano e nem nos animais de estimação. Por isso não faz mal.

Em maio de 2017, a RBA publicou reportagem que explica o mecanismo pelo qual esse agrotóxico pode desencadear autismo, mal de ParkinsonAlzheimer, anencefalia e o câncer. Ele altera a produção e a ação de aminoácidos, vitaminas e minerais que protegem o organismo desses e muitos outros males. Confira:

Autismo, Parkinson, Alzheimer, anencefalia, câncer. O que o glifosato tem a ver com isso?

Vítimas de câncer

Tramitam na Justiça dos Estados Unidos mais de 8 mil ações contra a Monsanto, ajuizadas por consumidores, trabalhadores e agricultores, que alegam ser vítimas do câncer causado pelo glifosato.

Em agosto, o júri de um tribunal estadual da Califórnia concedeu indenização de US$ 289 milhões a Dewayne Lee Johnson, ex-zelador de escola, que alegou que o Roundup contribuiu significativamente para o seu linfoma Não-Hodgkin, em estado terminal. O preço das ações da empresa despencou.

À Bloomberg, o advogado Robert F. Kennedy Jr,  que propôs a ação, disse que  “a Monsanto enganou os consumidores sobre os riscos do glifosato por décadas”. E que apesar dos esforços da empresa para ocultar e distorcer dados de pesquisas sobre os malefícios do glifosato, “a ciência está em ação.”

Porta-voz da Bayer declarou que a ação não tem mérito e que a companhia “aguarda com expectativa a defesa do mérito”.

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