Uma em cada três mulheres da
União Europeia foi vítima de violência física ou sexual, conclui um
estudo realizado pela Agência dos Direitos Fundamentais da UE (FRA, da
sigla em inglês), o que daria, extrapolando os dados, 62 milhões de
mulheres. E uma em cada cinco (22%) disse ter sofrido essa violência por
parte do parceiro ou ex-parceiro.O maior estudo sobre violência
de gênero já realizado na UE foi divulgado quarta-feira (5) e envolveu
42 mil entrevistadas nos 28 Estados-membros da União, 1.500 por cada
país.As mulheres foram questionadas sobre as suas experiências
de abusos físicos, sexuais e psicológicos, em casa, no trabalho, na
esfera pública e também no espaço virtual (perseguição e assédio através
da Internet).Perguntas específicasAs entrevistas
foram feitas a mulheres de 18 a 74 anos escolhidas por uma amostragem
aleatória. Foram feitas presencialmente, também por mulheres, nas casas
das entrevistadas ou em lugares por elas escolhidos. Só foi entrevistada
uma mulher por unidade familiar. As perguntas não eram genéricas, e sim
muito específicas, como “Foi esbofeteada?”Cinco por cento das
entrevistadas disseram ter sido violadas; 43% relataram algum tipo de
violência psicológica por parte do seu parceiro atual ou anterior
(humilhações em público, proibição de sair de casa, ameaças físicas). E
mais da metade, 55%, disseram ter sido vítimas de algum tipo de assédio
sexual. Um terço das vítimas disseram que o autor era um chefe,
companheiro ou cliente.Maioria das vítimas calou-seO
estudo abordou também a questão da comunicação, ou ausência dela, à
polícia ou a outros serviços. E o resultado foi que 67% das mulheres não
comunicaram a ninguém o caso mais grave de violência por parte do
parceiro.“É uma chamada de alerta: a violência afeta
praticamente todas as mulheres”, disse à agência Lusa a investigadora
Joanna Goodey, em Viena de Áustria, sede da FRA.Para a
investigadora, “se estes dados dissessem respeito a um país fora da UE,
haveria imensas declarações de indignação, mas isto é dentro da UE.”Fora de modaConsiderando
que o combate à violência de gênero “não está entre as prioridades”
comunitárias, a perita lamenta que o tema esteja ficando “fora de moda”,
com a UE preferindo fazer campanhas focadas “em áreas particulares da
violência”, que, sendo “muito importantes”, afetam menos mulheres.Uma
das novidades da pesquisa é a inclusão de “novas ou recentes” formas de
violência de gênero, que recorrem à tecnologia, concluindo que onze por
cento das inquiridas foram alvo de “avanços inapropriados” nas redes
sociais e através de mensagens escritas de celular (sms) ou de correio
eletrônico (emails).Fonte:Carta Maior
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