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Unincor será tema de audiência pública na ALMG

23 de fevereiro de 2010

A situação administrativa da Universidade Vale do Rio Verde (Unincor) será novamente discutida na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). No dia 2 de março, às 10h, no Teatro da Assembleia, as Comissões de Educação e de Defesa do Consumidor da ALMG realizam uma audiência pública com a presença de representantes dos professores, estudantes, funcionários e gestores, bem como do Ministério da Educação (MEC), do Ministério Público e do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

 

Os professores da Unincor nas unidades de Belo Horizonte e Ibirité decidiram paralisar a greve e retomar as atividades docentes, a partir do dia 22 de fevereiro. A decisão foi tomada em assembleia na sexta-feira (19/2). Reunidos em assembleia no dia 22 de fevereiro, os professores da Unincor em Três Corações também decidiram pela paralisação do movimento grevista, diante da proposta de pagamento apresentada pela instituição de ensino. Nos campi de Betim e Pará de Minas, os docentes voltaram às atividades normais.

 

Em todos os campi da Unincor os professores decidiram dar um voto de confiança para a atual gestora BDO Trevisan Ltda, entendendo a delicada situação da instituição de ensino, no entanto, continuarão em estado de greve até que os pagamentos sejam sanados. Serão realizadas novas assembleias no dia 8 de março, para reavaliar a situação.

 

Proposta da Unincor

Os novos gestores apresentaram como propostas: pagamento dos salários atrasados com recursos oriundos de receitas não operacionais (principalmente venda de imóveis); pagamento do próximo semestre sempre no 5º útil de cada mês; reintegração dos diretores do Sinpro Minas e professores grevistas demitidos; criação da associação dos professores e auxiliares, entre outras.

 

 

Confira a proposta da Unincor na íntegra:

 

 

ATA DE REUNIÃO ENTRE OS SINDICATOS DOS PROFESSORES (SINPRO-MG) E DOS AUXILIARES DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR (SAAE-MG) E A FCTE – FUNDAÇÃO COMUNITÁRIA TRICORDIANA DE EDUCAÇÃO – ENTIDADE MANTENEDORA DA UNINCOR (UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE)

 

Em 18 de fevereiro de 2010, a FCTE visando regularizar a situação trabalhista dos professores e auxiliares de administração, apresentou o seguinte documento:

 

“A BDO Consultores Ltda. fez no dia 1º de fevereiro corrente uma parceria com a FCTE para exercer a função de gestor interino com os poderes determinados pelo Termo de Ajuste de Conduta assinado entre a FCTE e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais.

A partir daí a Consultoria tem a missão de reestruturar o endividamento bancário, principalmente, no sentido do alongamento dos prazos e levantar recursos para o pagamento dos professores, pessoal administrativo e fornecedores.

 

Desde o primeiro momento, estamos com várias frentes de atuação tais como:

 

a) levantamento dos ativos não-operacionais, principalmente, imóveis destinados à venda;

b) levantamento do perfil completo das dívidas bancárias, seus vencimentos e garantias     hipotecárias para renegociação;

c) ataque à inadimplência das mensalidades escolares com grau extremamente elevado, por meio de normatização, aceleração e encaminhamento judicial do processo de cobrança (este processo se concluirá com a contratação de empresa especializada prevista para março);                                         

d) levantamento dos passivos em atraso (fornecedores, funcionários, tributos, etc) com o objetivo de efetuar uma proposta concreta para pagamento. Nossa estimativa é que esse passivo esteja concluído em meados de abril para que possamos iniciar o processo de analise do equilibrio entre receitas e despesas correntes e efetuarmos a proposta concreta de pagamentos para todos os credores.

e) normatização das áreas operacionais da Fundação com objetivo de padronizar e melhorar eficiência dos procedimentos internos. Já divulgamos a normatização da cobrança e no final do mês de fevereiro divulgaremos a de compras. Em março divulgaremos a utilização do caixa pequeno (zero) e, também, a de recursos humanos e em abril a do patrimônio;                                                                                     

f) segregação financeira e contábil das receitas e despesas das unidades da Fundação (Graduação, Pós, Mestrado, Colégio), com o objetivo de melhorar a visualização da performance de cada unidade (esta segregação iniciará a partir de junho).

 

Em linhas gerais, é possível vislumbrar os grandes desafios que temos no momento. Algumas medidas estão sendo tomadas para tornar viável o pagamento de pelo menos uma folha de salários, como por exemplo, a liberação de imóveis hipotecados aos bancos.

 

Nesse sentido, foi encaminhada documentação em 11 e 18 de fevereiro a um de nossos bancos credores para liberação de hipoteca para que possamos concretizar o recebimento da venda de um imóvel de R$ 1,2 milhão (Fazenda Patrimônio). O banco credor pediu 10 dias para analise desta documentação. Estamos em contato com a alta administração do banco para agilizar essa liberação. Nosso compromisso é que até o 5º dia útil de março possamos pagar a folha de fevereiro e as folhas subseqüentes até o 5º dia útil do mês seguinte.

 

Além desse imóvel, há um terreno em Betim, no valor aproximado de R$ 3,0 milhões, cuja documentação está em posse do promitente comprador para analise. Estimamos que a venda, se aprovada pelos Conselhos da Fundação e pelo Ministério Público, seja concretizada no final do mês de março.

 

Portanto, pedimos a todos um voto de confiança nessa nossa luta diuturna para obter os recursos.

 

Ao mesmo tempo, fazemos um apelo para que todos estejam, num esforço supremo, dispostos a engajar nessa jornada de iniciar as aulas dia 22 de fevereiro. 

 

Fundação Comunitária Tricordiana de Educação – FCTE

Gestão BDO – Consultores Ltda.

Fone: (35) 3239-1228”

 

 

Diante do exposto, foram firmados os seguintes compromissos:

 

1)    Pagamento dos salários de fevereiro de 2010 até o 5º dia útil de março e os meses subsequentes até o 5º dia útil do mês seguinte;

2)    Pagamento dos salários atrasados com recursos oriundos de receita não operacionais (principalmente vendas de imóveis);

3)    Destinação de parte da receita mensal efetiva para pagamentos de processos trabalhistas;

4)    Não efetivar descontos salariais dos dias paralisados;

5)    Reintegração ao quadro de funcionários dos grevistas demitidos (se for o caso);

6)    Readmissão dos “Diretores do SINPRO” dispensados em 2009;

7)    Criação de uma Associação de professores e auxiliares de administração com estabilidade de seus membros;

8)    Acordos, eventualmente aceitos, terão validade somente na gestão da BDO Consultores Ltda.

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