Professores da Faculdade de Arquitetura e Engenharia (FEA) da Universidade Fumec paralisaram as atividades nessa quarta-feira (8/9) e fizeram um protesto contra as decisões do Conselho de Curadores da instituição de ensino.Os docentes exigem a reintegração dos professores Eduardo Mesquita, vice-presidente da Fumec, e Luiz de Lacerda Júnior, diretor-geral da FEA, que foram afastados dos cargos pelo Conselho. Eles também reivindicam a autonomia para administrar os recursos financeiros da Faculdade de Engenharia e Arquitetura. Em assembleia, realizada nessa quarta nos três turnos, os professores disseram que as decisões são arbitrárias e ferem a autonomia universitária. “Estamos vivendo um momento de completa arbitrariedade. Essa assembleia é um ato contra a tirania instaurada pelo Conselho. Não aceitaremos tamanha truculência”, disse um professor durante a assembleia. Centenas de estudantes declararam apoio à categoria. Nova assembleia será realizada nesta quinta-feira (9/9), às 19h30, no auditório da instituição de ensino. Em comunicado enviado à comunidade acadêmica, na terça-feira (7/9), o presidente da Universidade, Air Rabelo, informa que o Conselho de Curadores decidiu, em assembleia na segunda-feira (6/9), afastar os professores Luiz de Lacerda Júnior e Eduardo Mesquita dos respectivos cargos, além de “cassar temporariamente, a partir de 8/9, os poderes outorgados aos diretores das faculdades [FEA, FACE e FCH], em especial os para admitir, demitir, contratar serviços e assinar contratos, até que se cumpram as medidas administrativas que estão em curso por determinação do Conselho”. Em nota, o movimento Salve a Fumec – composto por funcionários, professores e alunos – critica a criação, pelo Conselho, de comissões de sindicância para apurar as ações dos diretores das faculdades. Segundo o movimento, o objetivo dessas comissões é “tentar minimizar junto ao Ministério Público e à comunidade acadêmica o peso das denúncias sistemáticas feitas por representantes da FEA no Conselho de Curadores e no Conselho Fiscal de irregularidades que estão ou podem estar a ocorrer na Fumec”. O Sinpro Minas defendeu a democracia na Universidade e a participação de toda a comunidade acadêmica nas decisões que envolvem a instituição de ensino. Para o sindicato, todos os atos administrativos devem ter como norte a transparência, a qualidade do ensino, o respeito aos direitos dos docentes e a manutenção do ambiente acadêmico saudável.
Entidade filiada ao
O Sinpro Minas mantém um plantão de diretores/funcionários para prestar esclarecimentos ao professores sobre os seus direitos, orientá-los e receber denúncias de más condições de trabalho e de descumprimento da legislação trabalhista ou de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O plantāo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
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