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Professores de BH e região decidem por greve e marcam nova assembleia na segunda (11/9)

5 de setembro de 2023

Em assembleia lotada nesta terça-feira (5/9), professores de escolas particulares de Belo Horizonte e região (cidades de abrangência da CCT/MG) decidiram permanecer paralisados, em greve.

A categoria marcou nova assembleia para segunda-feira (11/9), às 9h, no pátio da Assembleia Legislativa (rua Rodrigues Caldas, 30, Santo Agostinho), com o objetivo de avaliar a proposta patronal para a campanha reivindicatória deste ano.

Os docentes também aprovaram uma nova manifestação na porta do sindicato patronal, o Sinepe/MG (Rua Araguari, 644, Barro Preto), para esta quarta-feira (6/9), às 14 horas, horário da assembleia dos donos de escolas.

A categoria reafirmou que não aceitará retirada de direitos nem a alteração de conquistas históricas, como o adicional por tempo de serviço, a isonomia salarial e as férias coletivas. Os professores também reivindicaram a manutenção das cláusulas previstas na Convenção Coletiva de 2019, anterior às mudanças emergenciais aprovadas em função da pandemia.

Mais de mil professores, de mais de 40 instituições de ensino, paralisaram as atividades e participaram da assembleia nesta terça-feira.

“Fizemos mais uma assembleia histórica. Lotamos novamente este pátio da Assembleia Legislativa e demonstramos mais uma vez a nossa força. Os professores resistiram bravamente ao assédio e às pressões, é isso já fez com que os donos de escolas se mexessem em mesa de negociação. Vamos aumentar a mobilização e forçar o patronal a nos respeitar”, destacou Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas.

Ato em defesa dos direitos
Antes da assembleia, os professores fizeram um protesto em frente ao sindicato patronal, enquanto as comissões de negociação estavam reunidas. Centenas de docentes participaram do ato, com cartazes e carro de som, para exigir respeito e valorização profissional. Em seguida, eles fizeram uma passeata rumo à Assembleia Legislativa.

Durante a assembleia, os professores relataram diversas situações de assédio moral e perseguições nas escolas, para tentar impedir que a categoria paralise as atividades e participe das assembleias. “Foi uma semana tensa, pesada. Os diretores tentaram desmobilizar nosso grupo no sábado à noite, e no mesmo dia a escola foi notificada. Eles acharam que iam conseguir, mas ficamos cada vez mais fortes diante da intimidação deles”, disse um professor.

Em resposta ao assédio, o Sinpro Minas tem acionado o seu departamento jurídico, com o objetivo de preservar o direito constitucional dos professores de lutar por seus direitos (clique aqui e leia a nota jurídica do sindicato: O livre exercício do direito à greve).”Essa luta é conjunta. Temos sim que reforçar nossos direitos, que foram adquirimos com muita luta”, afirmou outra docente.

“Estamos fazendo história, dando uma resposta efetiva e contundente ao setor empresarial, que busca reduzir nossos direitos para aumentar os dividendos. Essa greve tem um sentido tão profundo, porque mexemos com a sociedade. Levamos essa discussão para outros lugares, e isso está sendo o maior ganho dos últimos dias. Temos de manter nossa posição firme, de resistência. Não vamos aceitar nenhum direito a menos”, ressaltou Gilson Reis, diretor do Sinpro Minas e coordenador-geral da Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino).

>> Clique aqui e leia a carta aos pais e alunos de escolas particulares

Para a presidenta do Sinpro Minas, a mobilização da categoria, com protesto e paralisações das atividades, foi fundamental para forçar o sindicato patronal a reconhecer a luta dos professores e professoras por melhores condições de trabalho e vida. “Vamos resistir, enfrentar o assédio e mostrar mais uma vez nossa força enquanto categoria profissional que exige respeito e valorização. Sigamos firmes!”, destacou Valéria Morato.

 

COMENTÁRIO

6 respostas

  1. Sinepe publicou uma carta com inverdades falando que não teve adesão dos profissionais e que as escolas não tiveram paralisação . Falta de respeito falarem isso sendo que aqui se mostra o inverso. Além do que várias escolas não tiveram os profissionais ontem e a da minha filha foi uma delas.

  2. A valorização da educação no Brasil passa principalmente pela valorização do corpo docente e os pais e familiares dos alunos tem que apoiar e cobrar dos empresários/escolas a resolução e não ficar criticando a mobilização dos professores!

  3. TODO APOIO A GREVE DAS(OS) PROFESSORES (AS) DA REDE PRIVADA DE EDUCAÇÃO
    A CSP-Conlutas vem a público manifestar sua solidariedade aos professores e professoras da rede privada de ensino de Minas Gerais que iniciaram uma greve para que direitos básicos sejam mantidos. A categoria enfrenta uma batalha legítima em defesa de seus direitos, e é nosso dever apoiá-los nesse momento crucial. Cerca de 40 escolas do estado, onde mais de 1000 trabalhadores (as) participaram da assembleia no dia 5 de setembro, onde aprovaram a greve.

    Segundo o Sinpro-MG, desde o início das negociações, em março deste ano, os professores e professoras das escolas particulares têm enfrentado propostas patronais que ameaçam direitos conquistados ao longo de anos de dedicação à educação. O adicional por tempo de serviço e a isonomia salarial, conquistas históricas da categoria, estão sob ameaça.

    Além disso, a última proposta apresentada pelo sindicato patronal sugere alterações no período de férias coletivas, ignorando a necessidade de descanso e convívio com a família. O reajuste salarial proposto também está longe de compensar as perdas inflacionárias.

    É lamentável que, após tanto esforço e dedicação, os professores e professoras enfrentem a possibilidade de verem seus direitos suprimidos e não receberem ganhos reais em seus salários. A valorização dos educadores é fundamental para a qualidade do ensino, e a sociedade como um todo deve reconhecer o papel essencial desempenhado por esses profissionais.

    A paralisação das atividades é uma medida necessária diante da intransigência do sindicato patronal em negociar de maneira justa e respeitosa.

    É importante denunciar para toda a sociedade a enorme falta de valorização por parte dos empresários do setor educacional, que dizem reconhecer a importância e o valor do trabalho dos professores e professoras – o que não passa de mera retórica.
    Sem valorizar os professores e professoras, não haverá qualidade do ensino.

    Todo apoio a greve!!!

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